Fundada em 1992, a Arte Total constitui-se como uma estrutura de criação, produção e mediação cultural dedicada às práticas artísticas contemporâneas, com particular incidência na dança contemporânea e nas artes performativas. A sua missão assenta na articulação de três domínios fundamentais — criação, programação e mediação de públicos — que se interligam de forma orgânica, potenciando um projeto global que integra, de modo transversal, dimensões éticas, estéticas e políticas. A orientação conceptual da Arte Total radica numa poética feminista, comprometida com processos de resistência e com a elaboração de novas figurações para o corpo e para a sua subjetividade.
Ao longo de mais de três décadas de atividade, a Arte Total consolidou uma rede de parcerias institucionais que inclui o Município de Braga, a Universidade do Porto, a Universidade do Minho, o International Nanotechnology Laboratory, bem como estruturas culturais de relevo como o Theatro Circo, o Mosteiro de Tibães, o Museu de Arqueologia D.Diogo de Sousa e o Gnration. É membro da REDE – Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea, parceira do Braga Media Arts | UNESCO, e colaborou com a candidatura Braga’27 – Capital Europeia da Cultura.
A atividade artística da estrutura distingue-se pela produção e difusão de obras de carácter experimental, frequentemente situadas fora dos circuitos comerciais, privilegiando o cruzamento disciplinar entre dança, música, artes visuais e tecnologias digitais. Esta orientação traduz-se em estreias absolutas de âmbito nacional e internacional, residências artísticas, apresentações processuais e intervenções em espaço público, evidenciando a sua relevância no panorama artístico contemporâneo.
Os estúdios da Arte Total situam-se no Mercado Cultural do Carandá, um espaço cultural de referência projetado pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura, Prémio Pritzker de Arquitetura, que confere às suas atividades uma ligação privilegiada entre património arquitetónico contemporâneo e prática artística.
Desde 1998, a Arte Total é financiada de forma regular pela Direção-Geral das Artes / Ministério da Cultura, contando igualmente com o apoio continuado do Município de Braga, o que tem permitido sustentar uma prática artística que alia rigor conceptual, investigação estética e compromisso social.
