




O programa Tapume contém atividades focadas no domínio da criação e no carácter experimental. Estas ações privilegiam o trabalho laboratorial e fora dos circuitos comerciais. Juntando as artes e a ciência à criação de processos de trabalho e investigação sobre o corpo, a programação inclui estreias absolutas nacionais e internacionais e virtuais (2023-26), apresentações informais de processo de criação, intervenções em espaço público e em sectores sociais particulares. Centrado no espaço geográfico do Norte do país e na particularidade da cidade de Braga, o Tapume pretende implementar iniciativas que explorem o potencial simbólico, individual e colectivo do património cultural bracarense que possibilite leituras contemporâneas do seu carácter único, aliando arte e a tecnologia e a sua ressonância internacional.
Clementina é uma ação de quatro anos, inserida no programa Tapume que pretende reflectir sobre o lugar da problemática da igualdade de género. Conta com um coreógrafo convidado para cada ano, que desenvolve um trabalho com a Arte Total e que é apresentado no Theatro Circo, em formato de díptico performativo. Estes espetáculos exploraram a fronteira entre o espectador e a obra através de um convite para escutar os sussurros de um grupo de jovens que são simultaneamente bailarinos e mediadores da obra. São construções coreográficas que operam numa re-significação de práticas e pensamentos pela via da criação de outros modos de pensar, agir e significar as relações de género, o feminino, o corpo e as relações sociais.
Partindo da história de vida de Clementine Delait e cruzando com uma estética feminista de criação não identitária, recorrendo ao livro de Chimamanda Ngozi Adichie “para educar criancas feministas”, este espetáculo da Arte Total – Clementina – carrega uma poética feminista, alinhando-se com uma postura ética, estética e política de resistência para a criação de outras figurações possíveis para o feminino, para o corpo e para a subjetividade.
Direção Artística e Coreográfica Cristina Mendanha
Intérpretes (15/07/22) Gabriela Barros, Carolina Vieira, Inês Sousa, Maria Inês Silva, Maria João Coelho, Margarida Guimarães, Irene Almeida
Intérpretes (16/07/22) Gabriela Barros, Carolina Vieira, Inês Sousa, Maria Inês Silva, Maria João Coelho, Margarida Guimarães, Irene Almeida + Alunos Escola da Companhia de Dança Arte Total
Direção técnica e Desenho de luz Sérgio Julião
Imagem e Comunicação Carolina Vieira
Guarda Roupa Clds Fafe projeto GPS 4G e Sónia Vasconcelos
Produção Sara Feio
Música Fura Olhos, Chopin, Silvia Pérez Cruz , Emst Reijseger & Franco D´Andrea, Radiohead
Estrutura com Apoio Financeiro: DGARTES/ Ministério da Cultura; Protocolo com o Município de Braga; Parceria Theatro Circo
“Clementina | acalma-te mãe!” é uma peça de dança que explora e cruza os temas da memória, da identidade de género e do feminismo, através da lente de um grupo de bailarinos co-creadores e investigadores. Inspirados pela história de vida de Clementine Delait (a mulher barbuda) e pela peça de Megan Terry “Calm Down Mother”, o grupo de artistas foi traçando caminhos sobre as complexidades das mulheres, abordando as pressões, medos e as alegrias que acompanham os seus papéis. A peça navega no cenário emocional da maternidade, desafiando os estereótipos e as expectativas associadas aos papéis de género. Baseando-se em experiências pessoais e histórias sinceras de mulheres de todo o mundo, a Companhia de Dança Arte Total tece uma poderosa narrativa que é ao mesmo tempo universal e profundamente pessoal. Desde os momentos de ternura de conexão e alegria até as lutas de liderar ou as noites sem dormir pelo domínio da exploração sexual ou os acessos de raiva intermináveis do envelhecer, é capturado todo o espectro de emoções que acompanham a condição de ser mulher, ainda e hoje.”
Direção Artística e Coreográfica Cristina Mendanha
Intérpretes (15/07/23) Gabriela Barros, Carolina Vieira, Sara Santervás, Guilherme Vieira
Intérpretes (16/07/23) Gabriela Barros, Carolina Vieira, Sara Santervás, Guilherme Vieira + Alunos da Escola da Companhia de Dança Arte Total
Direção técnica e Desenho de luz Sérgio Julião
Imagem Triple Design
Assistência de Produção Sara Feio
Assistência de ensaio Inês Sousa
Música Miguel Pedro
Vídeo Vasco Rocha
Fotografia André Ralha
Estrutura com Apoio Financeiro: DGARTES/ Ministério da Cultura; Protocolo com o Município de Braga; Parceria Theatro Circo
Entre – a terceira peça Clementina da Companhia de Dança Arte Total – mergulha numa realidade que nasce da experimentação de cenários imaginários utópicos e distópicos que possibilitam a divagação pela problemática da escolha, da decisão e da discussão sobre a neutralidade, em várias frentes e contextos do nosso quotidiano.
Na contínua procura por equidade, este capítulo mantém-se consciente, desafiando os estereótipos e as expectativas associadas aos papéis de género. Clementine Delait é agora uma personagem secundária na sua própria história, que abriu um precedente para o futuro que, hoje, vivemos.
Nesta festa, onde tudo é possível, a peça desenrola-se fora de escala, fora de contexto e fora de tempo, numa tentativa de encontrar um espaço entre.
Direção Artística Cristina Mendanha
Direção Coreográfica Carolina Vieira
Música Original Pedro Lima
Apoio à dramaturgia Gabriela Barros
Intérpretes (11/07/22) Carolina Vieira, Mercedes Quijada, Margarida Guimarães, Irene Almeida, Liliana Oliveira, Alice Ferreira, Lia Castro e Carolina França
Intérpretes (12/07/24) Carolina Vieira, Mercedes Quijada, Margarida Guimarães, Irene Almeida, Liliana Oliveira, Alice Ferreira, Lia Castro e Carolina França+ Alunos da Escola da Companhia de Dança Arte Total
Direção técnica e Desenho de luz Sérgio Julião
Assistência de Produção Sara Feio
Vídeo Vasco Rocha
Fotografia André Ralha
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Estrutura com Apoio Financeiro: DGARTES/ Ministério da Cultura; Protocolo com o Município de Braga; Parceria Theatro Circo
Chega sempre com os braços cheios de sacos. Traz sempre o mundo às costas e não percebe porquê. Traz tudo o que precisa, tudo o que pode precisar, tudo o que já precisou. Nada pode falhar, Rosa não pode falhar. Tem necessidade de ter sempre junto dela, tudo o que nos pode faltar. “Nos pode faltar”, nada pode falhar. Rosa, a ´enjeitada´ não pode falhar.
Prazeres nasce num dia sem mês, em 1890, filha da ‘enjeitada’ e pai incógnito e segue a vida deixando a linhagem das Marias do Norte. Em cada Maria, virtudes e erros, mas em todas elas um pouco de Rosa. Com o fardo da vida a pesar nas costas e os braços cheios de sacos, seguem afortunadamente fortes.
Inspirada numa história real, esta é a narrativa das mulheres de uma família desde 1869 até hoje.
Direção Artística Cristina Mendanha
Direção Coreográfica Gabriela Barros
Intérpretes (17/07/25) Gabriela Barros, Carolina Vieira, Irene Almeida, Lea Siebrecht, Margarida Guimarães, Liliana Oliveira
Intérpretes (18/07/25) Gabriela Barros, Carolina Vieira, Irene Almeida, Lea Siebrecht, Margarida Guimarães, Liliana Oliveira + Alunos da Escola da Companhia de Dança Arte Total
Direção técnica e Desenho de luz Sérgio Julião
Assistência de Produção Sara Feio
Música Queen
Vídeo Vasco Rocha
Fotografia André Ralha
Estrutura com Apoio Financeiro: DGARTES/ Ministério da Cultura; Protocolo com o Município de Braga; Parceria Theatro Circo